terça-feira, 21 de fevereiro de 2012



De súbito, surge um sentimento estranho. Arrepio e sinto tensão a percorrer-me cada linha do meu corpo. Olho em volta e tudo parece estável, no fim de contas, como dizem mesmo, as aparências iludem, demasiado até. Corro até ao espelho, e diante dele está exactamente sem tirar nem pôr a pessoa que sempre vi quando o dispunha frente a mim. Percebo então que de facto se mantém tudo do mesmo modo, tenciono então perguntar ao meu cérebro o porquê de tal sensação. Paro e penso, o que mudou? Fui eu? Talvez seja melhor não o questionar, ele tem preguiça de tentar perceber ou medo talvez, já nem o conheço bem às vezes… no fim de contas, é uma questão de tempo… tudo há-de voltar, como antes. E esta percepção estranha, pode apenas ser mesmo essa percepção…
É fácil enganar o nosso cérebro a ponto dele não equacionar, não questionar, não querer saber, de se tornar ignorante! Difícil é colocarmo-nos diante do espelho e não aceitar a realidade que lá vemos…

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