Ando cansada, ultimamente trabalho intensivamente em tudo, em casa, na casa de turismo com a minha mãe, a fazer refeições para familiares que estão doentes ou mesmo que apenas trabalham também no dia-a-dia.
A pressão colocada em cada coisa, detalhe que faço, ponto onde toco, tudo é meticulosamente feito para que esteja perfeito, para que o seja de facto, mas não o é, o meu corpo sente cansaço acumulado e por vezes temo o pior.
Não consigo alimentar-me correctamente, não consigo andar mais de 1 hora sem dizer que estou nauseada, chego a irritar-me com o meu organismo sem culpa aparente.
A saudade, essa consegui “começar” a diluir, por breves momentos, a falta dele, do cheiro dele, do corpo dele, do sabor dele, do seu toque, do seu amor, da sua presença apenas. Fico horas e horas olhando, observando o seu rosto de calmaria, paz, de anjo, e não me canso disso, são as horas mais dignas do meu dia e mal me deixa em casa já sinto falta de tudo isso. Ontem sonhei acordada no nosso futuro, como será bom vivenciar as coisas assim, lado a lado, como eu o amo, como me sinto bem ali, em si, consigo, o que quer que seja que faça é sempre com um sorriso nos lábios (e no olhar) quando ele está por perto.
Agoniada, sim, é algo que me incomoda, o saber que o dia não acaba nunca, que faltam inúmeras tarefas a cumprir e que daqui a uns dias me vou embora mais uma vez, ficar a 200Km de casa de novo, sem os “meus” que tanta falta me fazem e sempre farão, ninguém consegue viver sem as pessoas que ama na sua vida não é mesmo? É por um futuro melhor, e espero consegui-lo com toda a garra e dedicação que tenho.
A carta de condução, mais um peso, um peso sensivelmente bom até, gosto da sensação das minhas mãos envoltas no volante, é bom sim, mas não posso reprovar, e mais uma vez a pressão entra, não há dinheiro para nada, e começa a ser muito mau viver com muito pouco mesmo. A minha família parece amaldiçoada, tudo nos acontece, enfim…
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