quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Palavras soltas*




Observo e sinto a noite fria… da janela do meu quarto de onde estou sentada vejo o luar, sinto um aroma a terra fresca, observo com nitidez a profundeza das estrelas, o quão longe estão, o quão me fazem pensar que apesar da distância não estão mais longínquas que alguns Seres de nós próprios, pelo menos conseguimos vê-las, observá-las. Hoje as nuvens deixam trespassar tudo, tudo é claro, nítido, é o que realmente é, sem rodeios. Na vida tudo deveria ser assim, mas considero que existem Seres tão confusos que tentam confundir outros mesmos Seres escondendo-se por detrás de máscaras que nem sei bem que formato têm, mas impressionam. Hoje o céu leva-me a recordar muitas noites de verão quentes olhando daqui mesmo, da minha janela o quão é bonita a natureza, o quão me faz ficar calma e pensar que por momentos o mundo até é bonito e não existem farsas, raivas, injustiças. Aqui, na minha companhia apenas seguro o meu tão estimado portátil e escrevo sobre não sei o quê, às vezes a imaginação não tem limites, não é clara como o céu esta noite, no entanto, às vezes as palavras soltas segregam mais que um amontoado de frases feitas para iludir. Hoje, estou transparente e através de mim vêem tudo, basta que observem o fundo dos meus olhos, vejam as pupilas dilatar e a íris solta, navegando pela beleza que existe à minha volta… hoje, sinto-me leve, e ficaria toda a noite olhando o céu, a calmaria enfeitiça-me, a agitação assusta-me…


(este texto não se dirige a ninguém, apenas fruto da minha imaginação, vontade de exprimir algo que se confunde com a sociedade em comum num místico daquilo que sinto em mim por vezes)

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