Momento de inspiração (e imaginação)*

Duas velas acesas, um incenso aromático apenas para cortar a fragrância do momento… duas taças de champanhe, óleos corporais para o momento tão esperado, um sopro, um grito, um sentimento. Dois corpos que se despem de trapos que os nossos corpos não gostam mesmo, eles preferem a pele um do outro, como que se um místico de emoção e cor, ardor e calor ali estivessem numa mistura tão quente, tão cheia de si mesma, tão desejada. O desejo, esse não apaga nem que estivessem horas e horas, dias e dias a fio tocando o doce prazer desses mesmos corpos. No fundo, não passa de uma expressão de amor, de um toque de prazer, de lençóis perfumados para tal ocasião, de coisas simples mas que deixam tão ténues os Seres que dele usufruam. No meio dessa mistura, há sensualidade, há afecto, existem provas marcadas nos corpos alheios de que ali é a nossa casa. Um beijo roubado, a carícia dos dedos percorrendo o outro, a pele, o sabor, o cheiro, o prazer, ah o prazer! Não seria o mesmo sem sentir amor, talvez por isso nunca lhe tenha chamado sexo, mas sim, fazer amor! Envolve-me o corpo com a língua, deteriora o que existe de negativo, solta em mim um grito de aflição, como que se atingisse o limiar de tudo o que se esperou. Deixa em mim vontade de saciar de novo um ardente momento assim, suga-me até eu me cansar, sendo assim não pares, porque não é exígua a vontade!