sexta-feira, 24 de junho de 2011

Dilacerada*

Esta necessidade de ti abala-me, consome-me, faz-me por vezes cair no ridículo… Não quero que vás, não me imagino aqui sem ti, não imagino os meus dias cinzentos cheios de mágoa e vontade de te abraçar. Hoje eu preciso do teu abraço, e hoje eu posso tê-lo, mas quando precisar e não estiveres? Tenho medo, tenho muito medo de não suportar a saudade, tenho medo de me ver inundada em lágrimas, afogada no mártir de querer apenas ouvir o eco das tuas palavras, de sentir o aroma agradável da tua pele, de respirar felicidade só de te apreciar dormindo, calado, tão doce, tão calmo, tão ‘o meu anjo’…

O tempo vai passar, claro que vai passar, e ninguém vai morrer… mas metade do meu coração já está apertado, dilacerado, contuso e tu ainda cá estás, como será na tua ausência, na falta de ti… eu sabia desde o inicio que iria ser assim, e não estou arrependida de nada, mas dói, não pelo medo da perda, não por falta de confiança, mas porque te amo como nunca amei ninguém, porque preciso de ti muito antes de precisar de qualquer outra coisa na vida, porque me és mais que essencial, já és uma parte de mim…

Perdoa-me, não te quero fazer sentir mal, mas tinha de expressar este sentimento, dói tanto, apesar de acreditar verdadeiramente que vamos conseguir, dói e não consigo simular que me passa ao lado, seria ludibriar-me a mim mesma, serei forte, aliás, seremos, apenas não será fácil, conto contigo nesta caminhada, será longa…

Hoje, preciso solenemente do teu abraço, mais do que uma palavra, mais do que um beijo, preciso sentir-te apenas… Preciso do teu amor. Sem ti, eu não sou eu, porque me construíste, porque me fizeste ser alguém ainda melhor, porque ambos somos um só, e não tenho a menor dúvida que és o meu grande amor!

Hoje, não digas nada, abraça-me apenas…

Vai custar tanto a despedida...
Amo-te!

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